A cultura brasileira está carregada de influências africanas e afro-brasileiras, ainda assim há constantes tentativas de apagamentos destas influências e contribuições na construção dos espaços urbanos das cidades, já que são invisibilizadas. Estudar os territórios negros na Brasilândia, zona norte de São Paulo, segunda região mais negra da cidade, construindo novas narrativas e colocando a comunidade externa no protagonismo, mostra-se fundamental na luta por um projeto antirracista e decolonial focado em investigar e difundir o histórico urbanístico da região, além de resgatar a memória e identidade negras. Esse projeto está embasado no tripé – Ensino, pesquisa e extensão, focado em estudar a região onde encontra-se a comunidade alvo - Escola de Ensino Fundamental II na Brasilândia - construindo juntamente com ela, a partir das suas memórias e identidades, novas narrativas sobre a região, contribuindo para a (re)construção da identidade e memória ancestral dos afro-brasileiros. Além disso, o projeto propõe construir práticas pedagógicas junto com o corpo docente aplicando o ensino das relações étnico-raciais com os estudantes e desenvolvendo atividades que fomentem o interesse pelas suas próprias histórias, das suas famílias e da Brasilândia. O projeto busca a decolonialidade e a afrocentricidade como práxis para criar narrativas a partir das identidades, memórias e histórias da comunidade da Brasilândia.